Comercial é mais valorizado

19-10-2010 11:53

 

Disparado
Comercial é mais valorizado
Savassi, Funcionários e saída para Nova Lima puxam boom
Publicado no Jornal OTEMPO em 17/10/2010
 
ALESSANDRA MIZHER
 

 

Opções comerciais não ficam para trás na valorização imobiliária em Belo Horizonte. Aliás, na maioria dos casos, seus valores ultrapassam os observados em imóveis residenciais. Como explica Alessandro Faria, sócio-diretor da Aceti Netimóveis, enquanto o metro quadrado de um imóvel residencial no bairros Funcionários ou Savassi pode custar R$ 9.000, a opção destinada para fins comerciais pode chegar a R$ 20 mil o metro quadrado, dependendo, é claro, da finalidade do imóvel.

"O mercado oferece inúmeras opções, dentre elas salas comerciais, andares corridos, galpões e lojas de rua. A variação do preço estará diretamente relacionada ao retorno financeiro que o imóvel poderá oferecer ao cliente", orienta o profissional.

De acordo com Alessandro, a alta do preço deste tipo de opção imobiliária em bairros como Savassi e Funcionários pode ser explicada pela alta vocação comercial da região, segundo ele, "vitrine tradicional da capital".

Entretanto, a valorização de imóveis comerciais em comparação com opções residenciais também pode ser observada no Belvedere, região Centro-Sul, e Vila da Serra, em Nova Lima, onde o imóvel comercial pode custar R$ 7.000 e o residencial, R$ 5.000, em média.

Atuação. O aquecimento deste setor chamou a atenção de muitas construtoras, dentre elas a mineira Six Construções, empresa com quase 20 anos de atuação, que já entregou um empreendimento de andar corrido na avenida Getúlio Vargas, esquina com avenida Afonso Pena, próximo à praça ABC, no bairro Funcionários, região Centro-Sul da capital, e está terminando outro com o mesmo perfil, no bairro Vale do Sereno, em Nova Lima.

"É um mercado bastante promissor. Nossa intenção é preencher esta lacuna de empreendimentos comerciais. Fizemos o London Office no início de 2008, finalizamos e comercializamos todas as unidades, com o valor de metro quadrado valendo R$ 7.500", revela Roberto Rocha Martins da Costa, superintendente da empresa. O sucesso em vendas do empreendimento levou a construtora a investir no edifício Miguel de Cervantes, no bairro Vale do Sereno, em Nova Lima. Com previsão de entrega para abril de 2011, o valor do metro quadrado custa, em média, R$ 5.500.

"O crescimento imobiliário residencial do Vila da Serra contribuiu para o aumento de procura também por opções comerciais na região", completa Rocha Martins.

É menos atraente construir em BH do que em São Paulo e Rio

Enquanto no plano piloto de Brasília pode-se construir cerca de sete vezes a área de projeção, o coeficiente de construção na capital mineira não chega, em média, nem a dois. Como explica o arquiteto Maurício Miranda, a alta restrição em BH acaba prejudicando investimento no setor de construção civil. "Fica muito mais caro e menos atraente construir em Belo Horizonte do que em no Rio de Janeiro ou mesmo São Paulo, onde os coeficientes valem em média de 4. (AM)


 

 

 

Diferencial
Área de lazer amplia valor do imóvel
 

Além das qualidades internas dos apartamentos milionários, quem procura este tipo de opção poderá contar com área de lazer completa e itens dignos de cinema. Assim, as áreas comuns poderão trazer, além das requisitadas piscinas com raia, espaço fitness e espaço gourmet, ítens diferenciados como pista de cooper, lago e até campo de golfe profissional, como é o caso do Grand Lider Olympus, empreendimento com nove torres, construído pela LiderCyrela no bairro Vila da Serra, em Nova Lima.

Entretanto, para garantir este luxo para os moradores é preciso espaço. Como explica Marcelo Martins, diretor da construtora Patrimar, os primeiros empreendimentos com este perfil foram feitos há cerca de dez anos no Belvedere, região Centro-Sul da capital. "Para investir em grande áreas de lazer, é preciso espaço. A bola da vez é Nova Lima, onde a oferta de grandes espaços é maior", completa.
 

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