Crédito imobiliário para casais gays ganha mais mercado

10-05-2011 14:09

 

Público gay é representativo para mercado

 

Outro segmento que surge no mercado é o de imóveis voltados ao público gay. De acordo com a pesquisadora Sandra Pires de Almeida, este é um perfil bastante representativo.

A pesquisa levantou algumas preferências dos casais homossexuais. Eles gostam de localizações próximas a lojas de conveniências, casas noturnas, academias de ginástica e shoppings centers.

Dentro do imóvel, é importante também um quarto grande, banheira conjunta, lavabos e vasos sanitários individuais dentro da suíte. A cozinha tem menor importância e, portanto, deve ser pequena.

Além disso, o condomínio deve ser preparado para o estilo de vida desses moradores com vida social agitada. A portaria deve estar pronta para receber muitas visitas e chegadas noturnas além do intenso acesso de serviço delivery. Serviços como lavanderia são valorizados pelo público. Na área de lazer, o salão de festas amplo tem influência na compra.

No entanto, a pesquisadora nota que há ainda dificuldade na obtenção de financiamento pelos casais gays, que deve ser com privacidade e sem preconceito.

Crédito imobiliário para casais gays ganha mais mercado

Casais gays já podem financiar sua casa própria. Diante da necessidade de adaptar o sistema ao perfil dos públicos atuais, o Banco do Brasil passou a conceder o crédito imobiliário através de confirmação da união homoafetiva por declaração por escrito. Outros bancos, como Caixa Econômica Federal, Itaú-Unibanco e Santander, já aproveitavam o filão permitindo a composição de renda entre amigos, parentes e casais, sejam hetero ou homossexuais. No BB, os parceiros também podem entrar num consórcio imobiliário.

Executivos do Banco do Brasil esperam que a medida, a médio prazo, gere um aumento entre 5% e 10% na quantidade de mutuários. Mas a expectativa é de que o aumento seja maior a longo prazo. O BB informa que a medida está sendo implementada somente agora porque os investimentos da instituição na área habitacional são recentes - começaram depois da aquisição do banco Nossa Caixa, há três anos.

O gerente executivo de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil, José Henrique Silva, lembrou que, apesar de o Estado não reconhecer o casal gay como união estável, o judiciário já enxerga a relação de outra forma, permitindo a adoção de crianças e o reconhecimento de direitos aos homossexuais. Silva acredita que, em pouco tempo, as instituições de maneira geral reconhecerão todos os tipos de união.

“Acredito que este seja um caminho natural. Vimos que é possível e necessário atender aos casais, independentemente do tipo de união estabelecida. O próximo passo será a abertura das linhas também para amigos e parentes”, acrescenta.

Os trâmites burocráticos para conseguir o financiamento já são conhecidos: comprovação de renda e de capacidade financeira. No caso dos casais homossexuais, a relação deve ser comprovada pelos parceiros.

O comprometimento de renda, em todos os casos, é considerado também para fins de seguro habitacional, assim como para o registro de propriedade do imóvel.

Fonte ZAPimóveis

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