Primeiros contratos em BH

21-10-2010 09:19

 

Primeiros contratos em BH
Minas Gerais atinge 76% da meta de construção de 88 mil moradias
ZU MOREIRA

 

O sonho da casa própria para os inscritos no programa Minha Casa, Minha Vida em Belo Horizonte começa a se tornar realidade, depois de 18 meses de lançamento do projeto. Hoje pela manhã, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, assina contrato para a construção de 2.726 unidades na capital mineira. Desse total, 1.450 moradias serão destinadas a famílias de baixa renda.

O primeiro empreendimento do programa para essa camada da população da cidade será construído pela Emccamp Residencial, no bairro Vitória 2, na saída para João Monlevade. De acordo com o vice-presidente da construtora, André Campos, o projeto prevê a construção de seis empreendimentos no mesmo terreno, que funcionará como um bairro, com ruas, equipamentos comunitários e áreas verdes.

Contagem. "O cronograma prevê que as obras durem até 24 meses, mas vamos tentar antecipar esse prazo", disse. A empresa é responsável pela construção do Residencial Vista Alegre, no bairro Maracanã, em Contagem, o primeiro empreendimento do MCMV para a faixa que ganha até R$ 1.530 a ser contratado na região metropolitana de Belo Horizonte.

A expectativa é que as chaves sejam entregues oficialmente na próxima semana. Orçado em cerca de R$ 14 milhões, o conjunto habitacional tem 288 apartamentos de 42 metros quadrados, playground, quadra de esportes e salão de festas. Uberlândia, no Triângulo Mineiro, também assinou contrato para a faixa de renda de até três salários.

Na capital mineira, segundo o setor da construção civil, o subsídio de R$ 46 mil oferecido pelo governo Lula não é suficiente para arcar com o custo das obras, devido ao alto valor dos terrenos. "O valor do subsidio inviabiliza os empreendimentos voltados para a população da baixa renda. Se não fosse o empenho da prefeitura, estaríamos estacionados até agora", disse André Campos.

Balanço. Para a faixa de renda entre 3 e 10 salários mínimos, o programa prevê que os contratos sejam assinados entre o cliente e a construtora, sem a interferência do poder público, o que garante maior agilidade. Para famílias com renda de até R$ 1.530, foi feito ano passado um cadastro com cerca de 180 milhões de inscritos. Quem se adequar aos critérios definidos pelo Ministério das Cidades, PBH e Caixa terá mais chances de ser contemplado.

Minas Gerais é o Estado da região Sudeste com o maior número de contratos assinados. Das 88 mil unidades previstas, 66 mil já possuem contrato assinado, 76% da meta estabelecida pela Caixa.

2ª geração
Segunda versão. Governo federal planeja lançar até o fim do ano a segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida para construção de 2 milhões de unidades habitacionais no país com o dobro de recursos.

Fonte : O TEMPO

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