Habitação pressiona e custo de vida sobe 0,91%

Habitação pressiona e custo de vida sobe 0,91%

Dieese verificou alta mais acentuada no subgrupo de condomínio, locação e impostos, que elevou 1,82%.

São Paulo, SP - Cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), referentes a março, mostram significativa participação do grupo Habitação na alta do custo de vida, que teve variação de 0,91% no mês, com diferença de 0,50% em relação a fevereiro, quando foi apontada em 0,41%.

Transporte, Alimentação e Habitação representam 67,6% dos gastos familiares. Somados, contribuíram com 0,85% no cálculo do Índice do Custo de Vida (IVC) em março.

No grupo Habitação, que teve variação de 1,10%, as altas mais acentuadas foram verificadas pelo Dieese no subgrupo da locação, impostos e condomínios (1,82%). Ainda neste subgrupo, conservação do domicílio teve a menor taxa apurada (0,21%), enquanto o subitem serviços domésticos, com variação de 4,17%, contribuiu isoladamente com 0,12% no cálculo do índice de março.

O aumento no Transporte (2,34%) ocorreu, principalmente, no subgrupo individual (3,17%), sendo bem menor a variação no subgrupo coletivo (0,60%). No individual, a alta se deu nos combustíveis, com taxa de 1,28% em fevereiro, frente a 5,20% em março. A aceleração é da ordem de 3,92%.

O Dieese observou alta acentuada no álcool (10,20%), e forte reajuste também na gasolina (3,28%). No coletivo, o aumento ocorreu no Metrô (2,69%); ônibus
intermunicipais (3,96%); e trens de subúrbio (4,50%).

As taxas dos subgrupos da Alimentação (0,80%) foram: produtos in natura e
semielaborados, 1,36%; produtos da indústria alimentícia, 0,15%; e alimentação fora do domicílio, 0,65%. Os produtos in natura e semielaborados foram os que mais reajustaram seus valores. O Dieese comenta que a desagregação deste subgrupo revela comportamentos distintos entre seus itens, conforme a seguir.

• Peixes e frutos do mar (30,61%) - extraordinário aumento no camarão (76,67%), devido à proibição da pesca nesta época do ano;

• Legumes (10,34%) – alta acentuada no tomate (18,54%), vagem (15,94%) e quiabo (13,45%); e queda marcante no chuchu (-12,62%), pepino (-7,29%) e abobrinha (-6,77%);

• Raízes e tubérculos (7,53%) – forte alta da cebola (15,15%) e batata (9,26%);

• Grãos (1,80%) – alta acentuada no feijão (6,02%) e pequena variação no arroz (0,36%);

• Frutas (1,30%) – oscilações típicas da sazonalidade dos produtos que compõem o item: morango (17,11%), pêssego (14,63%), maracujá (-12,38%) e limão (-4,75%);

Com informações do Dieese
 

Fonte : R7

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