Construção civil deve diminuir o ritmo de expansão em 2011

08-11-2010 09:09

Construção civil deve diminuir o ritmo de expansão em 2011

 
 

 

O ritmo da atividade na construção civil deve se desacelerar no início de 2011, aponta a Sondagem da Construção Civil, divulgada na última sexta-feira, 29 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de expectativa dos empresários em relação às atividades do setor para os próximos seis meses caiu de 65,3 para 60,8 pontos entre setembro e outubro deste ano. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 19 de outubro, com 393 empresas.

“Se o ano de 2010 será lembrado pela forte expansão do setor, os primeiros indícios do ano de 2011 mostram um crescimento mais moderado”, diz a Sondagem. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, os empresários estão com expectativas menos otimistas do que no início do ano. Ele lembra que, em janeiro, as expectativas para os seis meses seguintes eram de 70,6 pontos. Os motivos para essa redução do otimismo são o aumento da preocupação dos empresários com as condições financeiras das empresas e a competição acirrada de mercado.

O indicador de margem de lucro operacional das construtoras caiu de 52,4 para 50,2 pontos no terceiro trimestre do ano em comparação com o segundo trimestre. Ao mesmo tempo, o indicador de situação financeira diminuiu de 55,1 para 53,9 pontos. Renato da Fonseca explica que a redução da margem de lucro das empresas é resultado da elevada demanda por matéria prima e por trabalhadores, o que eleva o custo desses itens. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento.

Além disso, o indicador do nível de atividade também recuou de 56 pontos em agosto para 53,8 pontos em setembro. Embora tenha perdido o fôlego, o índice permanece, pelo oitavo mês consecutivo, acima do usual para o período. “Não há qualquer sinal de desaceleração da atividade nesse momento. Isso só está previsto para o próximo ano. Esse trimestre ainda é muito bom para o setor”, salienta Fonseca. A queda do indicador foi puxada pelo pior desempenho das médias e grandes empresas, informa a pesquisa da CNI. 

A falta de trabalhador qualificado, problema inerente a um forte ritmo de crescimento, é o principal problema apontado pelos empresários da construção civil. A carência de mão de obra foi assinalada por 64% dos empresários no terceiro trimestre do ano, dois pontos percentuais acima do registrado no trimestre anterior. A elevada carga tributária foi o segundo maior problema, sendo registrado por 58% dos empresários pesquisados. Com a falta de profissionais o custo da mão de obra subiu e passou do quinto para o terceiro principal problema apontado pelas empresas. O problema foi assinalado por 30,2% dos empresários pesquisados.

Fonte: Imprensa CNI


 

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