Metal no canteiro de obras

Elian Guimarães - Estado de Minas
 

Material vem sendo utilizado cada vez mais em substituição à madeira. Além de ecológico, representa redução de custos

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Estruturas usadas em escoramentos de obras são leves e muito versáteis

03/02/2011 - A indústria da construção civil utiliza cada vez mais peças metálicas nos canteiros de obras, em substituição à madeira. Além de se tratar de atitude ecológica, há racionalização nos custos, já que as peças metálicas podem ser reutilizadas em maior número de frentes de trabalho em relação a outros materiais.

O tapume, por exemplo, uma exigência das normas técnicas da construção e de leis municipais de postura, é necessário para isolar o canteiro de obras, oferecendo segurança aos trabalhadores e transeuntes. Ainda é muito comum o uso de materiais como resina, plastificados ou madeira, que, no entanto vêm dando lugar aos metálicos.

A madeira expira a validade no máximo em 24 meses, com provável reutilização em até quatro obras, segundo o superintendente de obras da Construtora Valle e coordenador da Comissão de Materiais e Tecnologia do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Zilmar Santiago da Silva.

Ele explica que o material metálico supera a validade da madeira em muito maior tempo, podendo ser reutilizado em várias obras, além de ser de fácil montagem. “O custo inicial é alto. Porém, se a manutenção for adequada, pode ser reutilizado acima de 10 obras”.

Mesmo com essas vantagens, o uso desse material na região metropolitana de BH não chega a 10%, de acordo com Zilmar Silva, que acredita que as construtoras ainda não se atentaram para as vantagens do tapume e estruturas metálicas.

“É um sistema muito prático, com módulos que permitem a abertura de portões para veículos e pedestres, com caixa de correio e muito adaptável às especificidades de cada obra. É regulavel, altura padronizada em 2,2m, podendo ser utilizado inclusive em degraus, para terrenos acidentados.”

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No caso da construção civil, existem escoramentos e andaimes metálicos para serviços em fachadas, como reboco, chapisco e acabamentos em geral, oferecendo menor risco de queda dos operários ou de objetos sobre transeuntes.

A Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho NR18, que trata sobre as condições de trabalho e meio ambiente na indústria da construção recomenda um prazo de 12 meses para que as empresas fabricantes desses equipamentos adequem sua fabricação e passem a gravar o nome do fabricante em suas peças. Segundo Zilmar, isso servirá para garantir a qualidade dos materiais.

Para José Antônio de Miranda Carvalho, da Ergo Escoramentos, as estruturas usadas em escoramentos de obras são leves e muito versáteis: “Podemos observar hoje o aumento da utilização do alumínio, em substituição ao aço. Alguns acessórios só começaram a ser adotados há uns 10, 12 anos, como complemento do sistema, como vigas metálicas para tratamento de fôrma de pilar, por exemplo”.

Escoramentos e andaimes metálicos tubulares foram implantados no Brasil no fim da década de 50, devido à facilidade de montagem e economia de mão de obra no manuseio.