Na acirrada competição do mercado imobiliário, a construtora Rossi inovou ao fechar parceria com a DeMillus, empresa líder na venda de lingerie, com o objetivo de expandir a venda de imóveis de porta em porta. O projeto piloto foi lançado ontem no Rio de Janeiro, mas a expectativa é que em seis meses alcance outras cidades brasileiras, inclusive Belo Horizonte. Entre a venda de produtos da DeMillus, como sutiã ou calcinha, por exemplo, as revendedoras terão em mãos um catálogo da Rossi, com uma linha especial de apartamentos.
O diretor de vendas da Rossi, Klaus Monteiro, adianta que o objetivo da parceria é vender imóveis com foco principal no segmento econômico do "Minha Casa, Minha Vida" e ainda a recém-lançada marca "Rossi Mais", com imóveis de até R$ 150 mil. O executivo diz que o foco da Rossi com esse projeto são as mulheres das classes B e C, que é o público alvo da DeMillus.
A expectativa da construtora Rossi é incrementar as vendas em até 20%. "A partir do resultado do projeto piloto, em três meses, vamos analisar o que acontece para, então, partir para outras regiões do Brasil, e com certeza Belo Horizonte é uma delas", adiantou Monteiro.
Como a legislação diz que somente um corretor filiado ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis tem permissão para vender o produto, as revendedoras irão apresentar o cliente para a construtora Rossi, que criou uma central de atendimentos para atender esse público. Para cada apartamento vendido, a vendedora recebe um bônus de R$ 500 em produtos da própria DeMillus. As empresas prometem ainda investir em treinamento da equipe.
A vice-presidente da DeMillus, Eva Goldman, aposta no sucesso da nova parceria e acredita que as revendedoras possam se transformar num poderoso exército ainda na divulgação boca a boca. "O nosso papel é o de facilitar que a mensagem de que é possível as pessoas das classes B e C adquirirem a sua casa própria dentro de um orçamento viável com prestação de R$ 150 a R$ 300", disse Eva.
Perfil
Tamanho. Líder no segmento de venda de lingerie, a DeMillus possui no Brasil 135 mil revendedoras, sendo 40 mil apenas no Rio de Janeiro. Seu público alvo são as mulheres das classes B e C.
Em setembro foi no Barreiro. Na última terça-feira foi em Sete Lagoas. Ontem foi no Shopping Cidade, centro de Belo Horizonte e, até 3 de dezembro, a Marisa vai inaugurar mais cinco lojas em Minas Gerais. O Estado foi escolhido para dar início à expansão do novo formato da rede, que só vende lingeries. Até então, este modelo, lançado em abril do ano passado, só existia em São Paulo. "Escolhemos Minas Gerais porque aqui o faturamento tem crescido entre 4% e 5%, acima média nacional da rede", justifica o presidente da Marisa, Márcio Goldfarb.
Até o fim deste ano, o grupo vai inaugurar outras três lojas no Barro Preto e nas cidades de Juiz de Fora, Poços de Caldas; e mais duas Marisa Lingerie na capital mineira: uma no ItaúPower, em Contagem, e outra no Boulevard, que será aberto no dia 9 de novembro. Antes do Natal, Minas, que no ano passado tinha 11 lojas Marisa, terá 19 o equivalente a 36% das 53 unidades que a rede vai inaugurar no Brasil em 2010, com investimentos de R$ 128 milhões. Só as oito novas lojas de Minas vão gerar 250 empregos.
Segundo Goldfarb, outro fator determinante para começar a expandir a bandeira Lingerie em Minas é o perfil do público consumidor. "Encomendamos uma pesquisa e detectamos que as mineiras compram lingeries acima da média nacional", justifica. (Queila Ariadne)
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