05-05-2011 09:52
São Paulo, SP - Atento ao movimento de ida e vinda dos brasileiros – em primeiro lugar no ranking dos compradores estrangeiros na Flórida, o vice-presidente da Sotheby's International Realty, Peter Turtzo, esteve em São Paulo para falar a um grupo de investidores e incorporadores sobre o mercado imobiliário de luxo ao redor do mundo, e os ousados planos da empresa para o Brasil: encerrar o ano com um movimento de R$ 1 bilhão em vendas.
O volume projetado por Turtzo para 2011 é o triplo e mais um pouco do que os R$ 300 milhões faturados pela unidade brasileira em seus três (agora quatro) escritórios. Contudo, o encontro - capitaneado pelo dirigente da Sotheby’s Brasil, Fabio Rossi - mirou bem além das oportunidades de negócios no mercado tupiniquim.
Os investidores ouviram Alejandro Perazzo, da Sotheby’s Uruguai, contar que o principal foco dos brasileiros que compram imóveis no país é a locação. Por alguns poucos US$ 3 milhões, disse Perazzo, é possível comprar no litoral uruguaio uma casa que renderá de aluguel US$ 10 mil ao dia.
Depois foi a vez da diretora internacional de Vendas e Marketing, Vanessa Ballestas, falar sobre as performances da Sotheby’s Miami – criada quando a cidade vivia plenamente a crise imobiliária internacional, mas hoje "um mercado em franca recuperação”.
Destaca-se entre os casos mostrados por Ballestas o Trump Tower III Sunny Isles Beach, com apartamentos a partir de US$ 600 mil e até US$ 3 milhões. Nesse empreendimento, a cada dez imóveis comercializados, oito foram comprados por brasileiros.
E como esse povo todo tanto compra em Miami? A vista? Não obrigatoriamente. Fábio Rossi diz que o HSBC é parceiro da Sotheby’s, e que é até simples financiar no exterior. “A operação é permitida pelas leis brasileiras. O HSBC financia no Brasil e envia o dinheiro pelo Banco Central. Depois, é só o comprador declarar o imóvel no imposto de renda, como usual, com o endereço de Miami”, explica.
Mas, e o processo jurídico? Como constatar a legitimidade da compra? No caso de imóveis usados, como certificar-se se não há pendências?
“Na Flórida, há um sistema central onde estão cadastrados todos os imóveis à venda, desde os lançamentos aos usados. Os profissionais da área têm acesso a esse cadastro, e auxiliam todos os passos do comprador. Há, portanto, facilidade jurídica e também para financiamento”, garante Ballestas.
Ballestas finalizou dizendo que o mercado imobiliário de Miami está muito interessante para investir, também porque “o estoque está baixo – por volta de cinco mil unidades; e os preços, em alta”.
Fonte : R7
