Grandes cidades como Tóquio, Nova Iorque e Paris contam com eficiente sistema de transporte público, uma realidade que permite às pessoas residirem em regiões afastadas sem que haja problema em se deslocar até o centro. “No Brasil a situação é outra. Vivemos um caos urbano no transporte público, impactando diretamente no preço dos imóveis construídos em bairros consolidados e próximos ao Centro”, diz Alexandre Lafer Frankel, diretor-presidente da Vitacon Participações.
Segundo ele, em São Paulo, por exemplo, há uma grande dificuldade para encontrar terrenos para construir, um entrave que eleva o valor do bem para o consumidor final. “Hoje, comprar um apartamento em regiões privilegiadas da capital paulista é mais caro do que em cidades dos Estados Unidos. Mas há uma explicação para isso: Em Miami, por exemplo, há uma imensidão de território livre para construir. Aqui não há essa facilidade, o que torna a aquisição do imóvel mais restrita”, analisa Lafer.
De acordo com o Secovi-SP, a valorização dos imóveis na capital paulista nos últimos cinco anos chega a 40%. O sindicato considera que os preços estão próximos do limite e aposta que, a partir de 2011, tenha início uma tendência de estabilidade. Lafer, no entanto, discorda. Para ele, a valorização dos imóveis deve continuar, já que o aumento da demanda é um fator que incide diretamente sobre o preço dos imóveis, tornando-os mais valorizados. “O Brasil vive um momento econômico muito positivo. A ascensão de classe é uma realidade e o aumento do crédito impulsiona o mercado imobiliário”, diz ele.
FONTE r7
