Apenas 30% aplicam FGTS em ações da Petrobras, diz Caixa

28-09-2010 15:27

 

Apenas 30% aplicam FGTS em ações da Petrobras, diz Caixa

A Caixa Econômica Federal divulgou nesta segunda-feira que quase 26 mil trabalhadores exerceram o direito de utilizar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para comprar ações da Petrobras.

O número (25.544) representa cerca de 30% das 89 mil pessoas que compraram papéis da companhia com o FGTS em 2000 e tiveram preferência na oferta pública para aumento do capital da Petrobras. De acordo com a Caixa, ao todo, os trabalhadores investiram R$ 423,8 milhões de 31.273 contas do FGTS.

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As compras respeitaram o limite de 30% do saldo do FGTS, afirmou o superintendente nacional do banco para assuntos de FGTS, José Maria Leão. "Foram pedidos R$ 563,3 milhões e liberados somente R$ 423,7 milhões em razão da aplicação desses limitadores", disse, em nota.

Participaram do processo 25 administradoras e 46 Fundos Mútuos de Privatização.

Neste momento, os valores aplicados estão retidos. O dinheiro será repassado à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) na próxima quarta-feira (29), data de liquidação da oferta.

Após o débito, haverá o período de carência de um ano para que o trabalhador possa retirar o investimento e retorná-lo à conta vinculada do FGTS.

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Tópico: Apenas 30% aplicam FGTS em ações da Petrobras, diz Caixa

Data: 28-09-2010

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Assunto: Apenas 30% aplicam FGTS em ações da Petrobras, diz Caixa

Comentário:
Me preocupa um pouco o fato de que quase R$500 milhões do FGTS tenham ido para a aquisição de ações da Petrobrás, vez que estes recursos poderiam estar empregados em financiamento habitacional, mormente, destinado para as famílias com renda de até 3 salários mínimos, que correspondem à esmagadora maioria dos excluídos do direito de habitação, preconizado no artigo 6º da Constituição Federal de 1988.
Num país com déficit habitacional superior a 7 milhões de moradias, sem contar aquelas precárias que nem deveriam ser consideradas como tal, devemos entender que não é função do Estado interferir na economia, injetando recursos preciosos em uma empresa que deles não precisa, haja vista sua notória competência já reafirmada por diversas vezes, mas prover os meios para a paz social, dentre os quais promover um programa apto a fechar a chaga das favelas, que tanto nos envergonha perante os nossos semelhantes que nelas habitam, bem como diante dos demais países do mundo.
Paulo Viana Cunha
Presidente do IBEI

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